Deputado Adriano Diogo (PT) recebe requerimento de Crivelari aprovado pela Câmara de Americana |
Aprovado na última sessão legislativa da Câmara de Americana, o requerimento foi justificado pelo autor como uma forma de assegurar que a sociedade brasileira tenha conhecimento pleno dos argumentos de ambos os lados envolvidos no período da ditadura militar- foco dos trabalhos realizados pela Comissão. “A história heróica de Mendes Junior precisa vir à tona. Acredito que somente com a pluralidade de depoimentos possamos respeitar e conceder sentido aos ideais democráticos que regem nosso país”, enfatizou.
Crivelari afirmou que vai acompanhar a audiência com os militares e se dispôs, inclusive, à apresentar a trajetória de Mendes Junior aos deputados que compõem a Comissão.
Denominada "Rubens Paiva", a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo foi instituída em fevereiro de 2012, e é composta por dez deputados estaduais, sendo cinco membros efetivos e cinco membros substitutos. São titulares da Comissão os deputados Adriano Diogo (PT)-presidente, André Soares (DEM), Ed Thomas (PSB), Marco Zerbini (PSDB) e Ulysses Tassinari (PV). Já os suplentes são Estevam Galvão (DEM), João Paulo Rillo (PT), Mauro Bragato (PSDB), Orlando Bolçone (PSB) e Regina Gonçalves (PV).
Mendes Junior
Alberto Mendes Júnior nasceu em 1947, em São Paulo, e desde criança manifestava o desejo de ingressar na Polícia Militar- meta que pôs em prática ao ingressar no curso preparatório de formação de oficiais em 1965.
Em 1970, aos 23 anos, já no posto de 2º tenente, apresentou-se no Batalhão Tobias Aguiar, onde, durante uma emboscada, foi assassinado a coronhadas por um grupo composto por Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza.
Embora tenha sido morto em maio, seu corpo foi encontrado somente quatro meses depois e velado na sede do Batalhão "Tobias de Aguiar" por cerca de cem mil pessoas entre militares, comerciantes e industriais.