quinta-feira, 13 de março de 2014

Manifesto em prol da greve dos agentes penitenciários

Em respeito e reconhecimento à legitimidade das reivindicações dos agentes penitenciários do Estado de São Paulo, declaro, através desse manifesto, meu total apoio à categoria. Assim como ocorreu há poucos meses com os funcionários da Polícia Civil e como relatam diariamente os trabalhadores da Polícia Militar, os agentes penitenciários sofrem com a total inabilidade por parte do Governador Geraldo Alckmin e sua equipe para dialogar com os servidores que atuam na  segurança pública.
Os agentes entraram hoje no quarto dia de greve com adesão de 90% da categoria. Ao todo, 27 mil dos 30 mil servidores estão parados. Somente dezesseis dos 158 centros de detenção do Estado não aderiram à greve, segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp).
Os agentes reivindicam correção do reajuste salarial, de 20,64%, referente ao período da inflação aos exercícios de 2007 a 2012, e mais 5% de aumento real do salário; correção do auxílio-alimentação e fim do teto base; fardamento ou valor em dinheiro; interstício de três anos e promoção de 30% dos funcionários ao ano; aposentadoria integral aos 25 anos de contribuição e mais a paridade; convocação remunerada durante a realização de blitz; criação de mais uma folga SAP, totalizando duas ao mês e redução de classes. 


As contrapropostas apresentadas pelo Governador, na última terça-feira, não foram aceitas pela categoria. O mandatário do Estado apenas concordou em estudar a correção em 60 dias e não aceitou a proposta do corte de duas categorias. Nem mesmo o pagamento do bônus, ele concedeu. Sem diálogo, a classe decidiu pela a continuidade do movimento que deverá desencadear em momentos de tensão nos próximos dias, especialmente, com a chegada do final de semana, quando ocorrem as visitas aos detentos.

A paralisação por tempo indeterminado suspendeu diversos serviços do sistema, como transferência de presos, visita de advogados e agentes, oitivas e saídas para trabalho. Apenas os serviços de atendimento à saúde, alimentação e banho de sol estão mantidos.