Este
ano, ao ver as manifestações de rua notadamente na cidade de São Paulo e, em
seguida, proliferando aos mais distantes rincões deste imenso país, tivemos o puro sentimento de que a
indignação e a repulsa a certos desmandos e marasmos estavam recebendo um
direto e efetivo recado: alguns comportamentos devem ser mudados nos três
poderes que constituem nossa república.
O
tempo passou, as grandes manifestações atingiram seu objetivo e, por parte do
povo ordeiro que estava indignado naquele momento, ficou sacramentada a
convicção de que mobilizações deste
porte podem mudar a história de um povo, de uma nação.
Passado
esse momento crucial, apareceram os surfistas e oportunistas que, arvorados em
pautas nada convencionais, em sua maioria, buscam projeções de caráter
personalista ou de um grupo direcionado.
Em
Americana, aparece o movimento Pula Catraca que, desde o primeiro momento, em minha
opinião, está na contramão das
reivindicações que mobilizaram o país. Afinal, Americana foi à única cidade da
região na qual não houve aumento no valor das passagens do transporte público feito
por ato do Executivo, mas sim, por decisão judicial (em processo que,
inclusive, foi objeto de vários recursos). Entretanto, não consta que os
catraqueiros foram ao Judiciário Americanense protestar contra o aumento de
passagem e, por incoerência e total falta de argumentos, duvido até que o
fariam.
Na
ânsia de aparecer, de buscar visibilidade, os manifestantes cometem atrocidades nada ortodoxas em um regime democrático:
tentaram impor pautas a um legítimo Executivo e ao Legislativo que, por ser um
poder aberto, acessível e próximo à população (e, assim, democrático) foi o mais
importunado. E de maneira parcial.
Primeiro,
apresentaram uma pauta capenga e desconexa imposta na base do barulho e
misturada com a imposição de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) que já
havia caído por terra, pois a maioria dos parlamentares julgava ser
desnecessária. É assim que funciona a democracia.
Continuaram
sua empreitada faraônica, na visão deles, e insipiente, na minha visão, que se
confirmou ao apresentaram uma pauta desconexa, recozida, desnorteada e que
pertence exclusivamente ao discurso da bancada de oposição desta Casa de leis.
Assim, os catraqueiros assumiram um mero papel de “bufão da corte da oposição” que, por ser derrotada constantemente,
optou pelo barulho, agora produzido por, pasmem, adolescentes.
Jovens
que frequentam a casa com máscaras e que nos fazem questionar por qual motivo
se ocultam? Para que o uso de máscaras? O uso nariz de palhaço que, certamente,
representa um desrespeito aos dignos profissionais que ganham a vida nos
picadeiros? Ao articularem através de vaias direcionadas aos que não jogam com
a oposição, os catraqueiros comprovam atrelamento e subserviência política explícita.
Fazem
questão de alegar, a todo momento, que
determinados vereadores não os representam. Da minha parte, afirmo que não
teria a mínima intenção de representar pessoas que baseiam suas condutas em
atos truculentos, mal educados, mal direcionados e mal dirigidos, como eles,
costumeiramente, apresentam.
Caros
catraqueiros, pegaram o barco errado, estão surfando na onda de pleitos que já
caíram por terra nesta Casa.
O
verdadeiro cidadão americanense é aquele que trabalha árdua e bravamente e
produz o progresso e a riqueza desta cidade. O verdadeiro cidadão americanense,
aquele que representa a voz das ruas, jamais vai virar as costas aos seus
valores e ao nosso hino municipal que, em uma de suas estrofes afirma que “aqui
os homens bravos prosperam”.
Catraqueiros:
comecem a despular a catraca e tenham a consciência de que esta cidade é
constituída de gente ordeira e respeitadora.