quinta-feira, 29 de agosto de 2013

(Artigo Opinativo) Governo Geraldo Alckmin: O Governo da insegurança pública

Crivelari participa de Manifestação promovida pela Polícia Civil em junho


Esse é o único título adequado para tratar do atual governo do Estado de São Paulo quando o assunto é a Segurança Pública. O sucateamento feito à conta-gotas na gloriosa Polícia Civil do Estado reflete na calamitosa situação em que se encontram esses abnegados profissionais que tem no seu dia a dia realizado o sacerdócio de combater o crime.
Trato aqui de uma instituição onde os homens e as mulheres que a representam, fazem um pacto de sangue ao sacrificarem suas próprias vidas na missão de trabalhar pela segurança, defesa e bem estar da sociedade.  Entretanto, o Governo ignora solenemente os clamores das categorias policiais e, por consequência, tapa os ouvidos aos gritos desesperados da sociedade paulista que hoje assiste impassível e indignada o crime bater às suas portas diariamente.
Tenho conversado frequentemente com esses profissionais de polícia e sou testemunha da luta travada por eles no combate à violência. A situação financeira e administrativa em que se encontra a máquina do Estado se desdobra e resulta no desdém relegado a esses homens e mulheres que sofrem, inclusive, com o descrédito e com a ausência de diálogo com o governador. Há promessas e acordos firmados feitos à categoria pelo mandatário maior do Estado que datam de 2008 e que, até hoje, cinco anos depois, permanecem não sendo cumpridas.
Os policiais civis não encontram respeito nos pleitos mais legítimos a que fazem jus, entre eles a extensão do ALE (Auxílio Localidade de Exercício) de maneira igualitária, inclusive aos policiais pensionistas e aposentados; o fim do interstício para a aposentadoria (termo que designa o tempo mínimo que um agente deve permanecer em um posto ou graduação antes de ser promovido); a carreira jurídica para os delegados; o nível universitário (Lei 1067/08) para escrivães e investigadores que, embora prometido há cinco anos, ainda não foi pago; a aposentadoria especial pela Lei federal 51/85; a divisão em seis classes ao invés das atuais oito para os agentes penitenciários, entre outras reivindicações que conferem condições mínimas de dignidade para que esses abnegados profissionais possam seguir realizando o sacerdócio diário de combater o crime
Esse menosprezo escancarado nos vergonha e é necessário ter ciência de que essa omissão do Estado causa reflexos para a população paulista, que faz pela segurança pública um clamor sem precedentes.
Assim, fica evidente que o Governo do Estado de São Paulo vem demonstrando de maneira ostensiva um total desprezo pela categoria policial ao não honrar com respeito merecido às reivindicações e lutas das entidades de classe. Nem sequer o mínimo diálogo, que é imprescindível nos tempos em que vivemos ( que, não por acaso é chamada “Era da Comunicação), foi levado em conta pelo Governo Geraldo Alckmin: O Governo da Insegurança Pública.